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20 de Abril de 2024
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    Espetáculo comemora os cinco anos da Cia. Dança Masculina Jair Moraes

    há 15 anos

    Com um espetáculo que reúne as melhores coreografias do grupo, montadas ao longo de seus cinco anos de existência, a Cia. de Dança Masculina Jair Moraes se apresenta no Teatro José Maria Santos, nesta quinta-feira (23), sexta (24), sábado (25), sempre às 21h, em comemoração ao aniversário. Os ingressos custam R$ 10,00.

    A Cia. tem em seu currículo quase uma centena de apresentações pelo interior do Estado, e algumas no Paraguai, representando a dança paranaense. O bailarino e coreógrafo Jair Moraes, um dos artistas mais conhecidos e consagrados do Balé Teatro Guaíra, do qual foi primeiro bailarino, durante longo período, e se apresentou em papéis importantes dos espetáculos do Balé, apresentados em diversas cidades brasileiras e no exterior; foi o idealizador da companhia.

    Ainda nos anos 80, a pedido de Carlos Trincheiras, então Diretor do Balé Teatro Guaíra, o bailarino já havia ministrado um “Curso de Formação Acelerada para Rapazes”, para suprir as necessidades da companhia. Por solicitação da Escola de Dança Teatro Guaíra, Jair iniciou um trabalho com um grupo de rapazes.

    As atividades foram iniciadas em agosto de 2003, com 12 integrantes, e num curto espaço de um mês o grupo já se apresentava em público. Inicialmente as atividades da dança masculina eram ligadas à Escola de Dança Teatro Guaíra. Posteriormente, por questões técnicas e problemas de localização da Escola, parte do grupo transferiu as atividades para o Teatro Guaíra.

    O trabalho, que prima pela qualidade técnica na formação, tem se desenvolvido a ponto de já existirem em algumas companhias ex-integrantes do grupo que são coreógrafos e ensaiadores. O elenco conta com jovens bailarinos cujas idades variam entre 11 e 20 anos. A maior do grupo é constituída por jovens entre 16 e 17 anos.

    Hoje a Cia. de Dança Masculina Jair Moraes é uma companhia independente. Tem atuado em parceria com o Centro Cultural Teatro Guaíra, no qual Jair Moraes é o maïtre da companhia principal.

    O espetáculo de comemoração dos cinco anos, no qual o grupo irá apresentar trechos de algumas das principais coreografias dançadas ao longo de sua existência, conta com o apoio do Centro Cultural Teatro Guaíra, que propiciou a infra-estrutura para a montagem. Segundo Jair Moraes, a companhia está buscando novos projetos e parcerias, também patrocínios que possam viabilizar a manutenção do grupo e a montagem de novos espetáculos.

    A Dança Masculina é um projeto cultural em pleno desenvolvimento, cuja grandeza se verifica pela extensão social, dimensão cultural e pela abrangência educacional que alcança com seus propósitos e atividades. A sua missão é formar artistas cidadãos, promovendo e difundindo a arte-educação levando os bailarinos a descobrir na arte, os caminhos de um futuro mais seguro, com crescimento cultural e pessoal, onde o universo da dança é um mundo de conhecimento e cidadania.

    Projeto - O projeto Dança Masculina Jair Moraes hoje é formado por um grupo de 25 bailarinos, com idade entre 10 e 25 anos, com direção do coreógrafo e primeiro bailarino do Balé Teatro Guaíra, Jair Moraes. É um projeto de caráter social que busca novos talentos masculinos para dança. A proposta é de um trabalho acelerado e diferenciado para o corpo masculino, fundamentando-se nas técnicas de dança clássica e contemporânea, com trabalhos coreográficos específicos para homens, suprindo um mercado com escassez de talentos masculinos.

    Incentivados por poucos colaboradores e pelas infinitas possibilidades que a dança oferece, proporciona aos jovens de baixo poder aquisitivo, o convívio com a arte da dança, retirando-os das ruas e de uma vida ociosa, estimulando o retorno a sociedade e possibilitando uma carreira artística promissora e principalmente transformar suas vidas através da arte, possibilitando assim uma sensível melhora no seu desenvolvimento físico, cultural, psíquico e social.

    Os espetáculos são diversificados e apresentados em diversos lugares como: ruas, praças, fabricas, universidades, hospitais e outros, proporcionando a comunicação de uma mensagem através desses jovens bailarinos, formando assim, novas platéias despertando o senso critico do público, oportunizando maior desenvolvimento cultural. O reflexo positivo se dá no relacionamento saudável com a comunidade e em especial pela criação de um vinculo perene com o mundo das artes.

    Jair Moraes - O bailarino iniciou seus estudos no Rio de Janeiro e dançou no Corpo de Baile do Teatro Guaíra, entre os anos 1970 e 1972. Foi solista do Corpo de Baile do Teatro Municipal de São Paulo de 1972 a 1973 e no Ballet Gulbenkein em Lisboa, de 1973 a 1979. Participou do Ballet do Século XX, de Maurice Béjart. Foi bailarino principal dos grandes ballets de repertório e de coreografias contemporâneas. Dançou com partenaires como Ana Botafogo, Cecília Kerche e Carla Kouto, entre outras. Recebeu vários prêmios como bailarino e coreógrafo.

    Em 1979 tornou-se mâitre e assistente ensaiador do Ballet Teatro Guaíra. Foi diretor do Ballet Teatro Guaíra entre 1994 e 1996, onde criou a coreografia Canções e sob sua direção foram produzidas as obras “Olhos para o Mar”, de Henning Paar; “Rhapsody in Blue”, de Ana Mondini, “O Mandarim Maravilho”, de Júlio Mota, “Coppellius, o Mago”, de Márcia Haydée e “Viva Rossini”, deTingaro Silvano.

    Recortes de algumas críticas:

    PROJETO DANÇA MASCULINA JAIR MORAES

    “Fábrica de Bailarinos”

    Cristiane Wosniak

    Mestra em Comunicação e Linguagens. Especialista em Artes-Dança. Coordenadora, Pesquisadora e Professora do Curso de Dança da FAP. Coreógrafa da Téssera Companhia de Dança da UFPR.

    “Em 2003, assisti a uma apresentação (peça piloto) de Jair Moraes para o recém criado Projeto Dança Masculina Jair Moraes. Aplaudindo a iniciativa, encontrei-me naquela época, refletindo sobre a iniciativa e também sobre os rumos da dança no Brasil, país de contradições econômicas, sociais e culturais imensas, para não falar das contradições impostas à dança e ao corpo que dança, sobretudo ao corpo masculino. Jair explicava, incansavelmente, seu projeto e suas intenções em oficinas, palestras, mostras, pequenas apresentações e em pouquíssimo tempo, grandes espetáculos...

    O que me tocou profundamente neste primeiro contato com o Projeto, foi a possibilidade aberta por este grande artista, bailarino/coreógrafo, professor e diretor àqueles jovens talentos promissores, que rumavam por meio de “O Pequeno Teatro do Mundo”, em direção às aventuras que certamente os aguardavam... Mas, como em qualquer grande aventura, nunca conhecemos ao certo como chegar ao nosso destino final... Era preciso mapear um caminho, mapear uma possibilidade corporal... E então a grande questão: como mapear um corpo jovem querendo dança, querendo arte, querendo palco? A resposta, a meu ver, veio se consolidando em cada apresentação do grupo. Corpos treinados fortemente, duramente, diariamente, exaustivamente: técnica, alongamento, força, flexibilidade, sensibilidade, disciplina e, é claro, paixão e confiança: paixão pela dança, confiança no projeto e em quem o lidera. Credibilidade é a chave do sucesso!

    Nos anos seguintes, “O Pequeno Teatro do Mundo” servia-me de parâmetro a cada apresentação do grupo, as quais observava fascinada, a impressionante evolução técnica do elenco, o incrível amadurecimento artístico, a presença ‘verdadeira e marcante’ de cada integrante (iniciante ou veterano) em cena. Que transformação corporal era aquela?

    Na elaboração de cada espetáculo, desde 2003, Jair Moraes não se desviou do caminho definido na origem do processo: mapear técnica e artisticamente, corpos masculinos para a dança. Este objetivo claro e conciso foi o alicerce de espetáculos como “Ame, Você Está Vivo”, “Andarilhos” e “Ponto de Partida”, obras coreográficas onde, além da supremacia técnica, pude observar uma interpretação cuidadosa, apurada, que refletia a clareza e a sensibilidade do diretor na condução de um espetáculo e de um grupo coeso, unido.

    Desta união de ideais, veio o firme propósito de vincular a arte da dança ao aprimoramento social e humano, preocupando-se em formar não apenas corpos ágeis, mas corpos conscientes de sua responsabilidade social. Junto à formação artística, caminhava em paralelo a formação do caráter destes jovens talentos, como se pode notar nas inserções do grupo em projetos sociais, oficinas etc., propiciando entre seus membros, agentes culturais multiplicadores (ensaiadores, assistentes, produtores, professores, ministrantes de oficinas) atuando não apenas no grupo, mas na comunidade em geral... Bravo!

    E, enfim, chegamos a 2006 e vou assistir à obra “Ecos de Uma Civilização”, esperando encontrar, mais uma vez, o mesmo padrão profissional apresentado em espetáculos anteriores.

    As cortinas se abrem e percebo, agradavelmente surpreendida e fascinada, ‘ecos e mais ecos’ de corpos que se multiplicam organizadamente numa evolução espacial, onde trinta e cinco integrantes, literalmente, arrebatam a platéia. Penso, aturdida, em como o Projeto frutificou, rendendo corpos preparados, belos, movendo-se num conjunto afinado, impecável e vigorosamente dançante...

    A concepção coreográfica, associada à bela composição de Gilberto Gil, e, ao singelo figurino, produziram um efeito único: um espetáculo ‘hipnótico, magnífico, emocionante e extremamente vibrante’. Quanto vigor! Refleti muito, após esta apresentação tão tocante, e, acredito firmemente que o grupo e Jair Moraes consolidaram definitivamente sua identidade, sua própria maneira de pensar e fazer dança, a partir de corpos únicos e exclusivamente masculinos...

    E quanto à linguagem adotada? Clássica? Moderna? Contemporânea? Afro? Jazz? E isto importa? Na minha opinião, o Projeto Dança Masculina Jair Moraes tornou-se um celeiro de artistas. Uma “fábrica de bailarinos”... E dos melhores!”

    Mais uma vez, Bravo!!!

    Este ano o grupo já realizou diversos espetáculos no primeiro semestre:

    SESC Água Verde - Curitiba –PR - 07/03

    Cine Teatro Ópera - Ponta Grossa - PR - 04/04

    New Holand Multinacional - Curitiba – PR - 10/04

    I Festival de Dança Ibipor㠖 PR- 3,4 e 5/05

    I Mostra ABABTG de Dança - Curitiba – PR - 13 e 14/05

    I Festival de Dança Ribeirão Preto – SP - 17/05

    Studio D1 – Príncipe Encantado Celebrou. - 20/05

    IV Noite Cultural – Joinville SC -30 e 31/05

    Ópera de Arame Dança Curitiba 2008 – PR - 14/06

    Studio D1 - A Viúva Alegre com Ana Botafogo - 15/06

    FORTALEZA / CE - Teatro José de Alencar - 24/06

    UNIÃO DA VITÓRIA / PR - Teatro Cine Luz - 27/06

    FESTIVAL DE DANÇA DE JOINVILLE - 18,22 e 25/07

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